CHURRASCO DA ASSERA!!!

23/08/2011 às 17:49 | Publicado em Luta do(a) servidor(a) | Deixe um comentário

Neste último domingo, dia 21 de agosto, num ambiente de muita animação foi realizada mais uma confraternização da ASSERA/BR.

Contando com a participação aproximadamente 90 pessoas, entre servidores do INCRA e familiares, pudemos comemorar o mês dos pais com um divertido futebol – com destaque para a atuação do meia atacante Geraldo Soares -, muitos comes e bebes e uma agradável música ao vivo com direito a palco livre – onde mais uma vez o astro Raimundo Vieira demonstrou suas habilidades musicais .

Parabéns a todos e todas que compareceram e ajudaram a construir mais um agradável momento entre colegas, estreitando nossos laços de amizade e dando mais ânimo para continuarmos nossa luta diária pelo direito dos servidores públicos e por uma verdadeira Reforma Agrária!

Esperamos que as próximas atividades sejam ainda melhores!

Abraços fraternos! 

 

Direção da ASSERA/BR

NATAL COM CRIANÇAS ACAMPADAS É DEMONSTRAÇÃO DE NOSSA SOLIDARIEDADE ENQUANTO CLASSE

21/12/2010 às 10:28 | Publicado em Luta do(a) servidor(a) | Deixe um comentário

No dia 16 de dezembro de 2010 servidores públicos federais do INCRA, MDA, Ministério das Cidades, MEC, MMA, IPEA e Câmara dos Deputados, além de estudantes da UNB, participaram da confraternização de natal com os acampados da Reforma Agrária, no “Graziela Alves”, acampamento localizado em Brazlândia/Distrito Federal.

Criança recebendo presente

Participaram da atividade aproximadamente 250 pessoas, entre crianças e adultos do movimento, servidores públicos, aposentados, terceirizados, professores, estudantes da UNB e pessoas apoiadoras da Reforma Agrária.

Foi com muita alegria e felicidade que começou a atividade, com uma mística organizada pelas crianças Sem Terrinha, cantando em defesa das florestas e em homenagem aos lutadores e lutadoras que dedicaram suas vidas na luta pela terra no Brasil.

Após este ato de acolhida o mamulengueiro Carlos Machado entrou em cena provocando a todos presentes grande diversão através de uma linguagem popular, com bonecos e histórias que alimentam a luta desse povo e animou o Natal da companheirada.

Debaixo desta imensa tenda branca, montada pelos próprios acampados aconteceu a entrega dos brinquedos pelo Papai e Mamãe Noel. A atividade se encerrou com um lanche preparado pelas mães e pais do “Graziela Alves” e “Gabriela Monteiro”.

Segundo Paola Pereira, integrante da coordenação estadual do MST “a presença dos companheiros e companheiras que trabalham na cidade para ajudar nas políticas de desenvolvimento do campo, hoje aqui confraternizando conosco nos mostram que a solidariedade anima a vida das crianças, com a campanha de doação de brinquedos e nos ensina que não estamos sozinhos na luta pela reforma agrária”.

Os brinquedos distribuídos às crianças foram frutos de uma campanha de arrecadação construída pelos servidores, que durou cerca de um mês e arrecadou uma quantidade significativa de brinquedos e roupas para as famílias acampadas.

À classe trabalhadora do campo, que mesmo em precária situação, ousam lutar dia a dia por condições de vida digna e na esperança de um futuro melhor para si e seus filhos, fica o nosso comprometimento de solidariedade para sua luta.

Às entidades parceiras que construíram o evento, e aos servidores e trabalhadores que contribuíram com a campanha, o nosso agradecimento e convite para continuarmos em luta, tanto pela melhoria de nossas condições de trabalho, como também em solidariedade à luta de todos os oprimidos.

A todos nós um Feliz Natal e um Ano Novo 2011 de muitas lutas e conquistas!

ASSERA – Associação dos Servidores da Reforma Agrária/DF e ASSEMDA – Associação dos Servidores do Ministério do Desenvolvimento Agrário

ASSERA/BR E ASSEMDA PROMOVEM CAMPANHA DE DOAÇÃO DE BRINQUEDOS

11/11/2010 às 17:01 | Publicado em Reforma Agrária | Deixe um comentário

Desde 2008 vem sendo realizada pela Associação dos Servidores da Reforma Agrária em Brasília (Assera/BR) uma campanha de doação de brinquedos para que sejam repassados a crianças que vivem em acampamentos e nos assentamentos do Incra no Entorno de Brasília.

Este ano de 2010 a campanha, que é realizada parceria com a Associação dos Servidores do MDA (Assemda), já teve início e terá seu desfeche no dia 16 de dezembro próximo quando crianças dos acampamentos “Eldorado dos Carajás” (Unaí) e “Graziela” (DF) vão receber as doações. Nesta data, um ônibus vai sair do térreo do Palácio do Desenvolvimento aos acampamentos. Os interessados em participar da entrega devem deixar seus nomes na Assera/BR, no 14º andar.

Os organizadores pedem a todas as pessoas do MDA e do Incra, entre outros profissionais que trabalhem no Edifício Palácio do Desenvolvimento, que sejam solidárias e participem desta Campanha de doação de brinquedos em bom estado.

A ideia da campanha, além de possibilitar às crianças ter um presente e momentos de alegria ao final do ano, é que os profissionais que trabalham com reforma agrária e agricultura familiar participem de um dia da vida de acampados e assentados. Desta forma, possam eles se sensibilizar mais com a realidade destas importantes parcelas da população brasileira.

Confira abaixo as fotos da entrega de brinquedos realizada em anos anteriores.

Fonte: Ascom Assera/BR

 

 

 

 

ADMINISTRAÇÃO DO MDA INTERROMPE NEGOCIAÇÃO COM SERVIDORES E ESTABELECE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO

01/10/2010 às 10:52 | Publicado em Luta do(a) servidor(a) | Deixe um comentário

No último dia 24 de setembro aconteceu um fato lamentável. A Administração do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) comunicou à Associação dos Servidores do MDA (ASSEMDA) de que as reuniões agendadas com os servidores, para tratar dos temas da Avaliação de Desempenho, Plano de Capacitação e Qualidade de Vida, estavam suspensas.

Para entendermos essa situação, vamos aos fatos:

1) Após muita insistência da ASSEMDA, havíamos conseguido agendar um conjunto de reuniões com a Administração, para voltarmos a tratar das questões acima citadas.

2) A partir dos questionamentos dos servidores, enviados pela lista de e-mails, sobre a questão dos DAS, solicitamos a Administração que fornecesse a listagem dos nomes de pessoas que receberiam os DAS no MDA. A fim de nos fornecer subsídios sobre o tema.

A Administração inicialmente havia negado a solicitação, por ter sido essa enviada por um servidor individualmente. E como uma absurda forma de pressão sobre o servidor, comunicou o fato ao seu chefe imediato, indagando-o sobre o porquê da secretaria no qual estava lotado necessitar daquela informação.

Posteriormente, enviamos solicitação através da ASSEMDA, reafirmando a solicitação do servidor constrangido. Por fim, a Administração alegou que não gostou do nível da interlocução da Comissão na exigência de dados sobre DAS, e de que, por isso, estavam canceladas as agendas de discussão com a ASSEMDA.

3) Nossa surpresa foi constatar que no mesmo dia (24/09) em que a Administração comunicou o cancelamento da agenda de reuniões é publicado no Diário Oficial da União portaria que estabelecia a meta global do primeiro ciclo de avaliação de desempenho institucional do Ministério (Portaria nº 57).

Rápida avaliação da situação

A Administração já de algum tempo vinha se esquivando das reuniões com os servidores. Alegaram falta de agenda, de pessoas para tratar com os servidores, e em diversos momentos, inclusive, insinuaram a ilegitimidade da ASSEMDA (apesar de todo esse tempo terem tratado conosco).

Por fim mostraram o que estava por trás de tudo isso, e do episódio envolvendo a lista de DAS (motivo que alegaram para o cancelamento das conversas com os servidores): eles já estavam decididos sobre a Avaliação de Desempenho, metas institucionais, e sobre os demais temas. E se utilizaram de um pretexto menor para interromper as conversas com os servidores e impor um processo de Avaliação de Desempenho.

Que riscos corremos com a Avaliação de Desempenho estabelecida dessa forma?

Sobre a avaliação de desempenho em si, devemos destacar que:

1- Os indicadores, quesitos e metas estão sendo apresentados no final do período. Os indicadores e metas, quando apresentados no final do período avaliado compromete a avaliação. Ela já nasce torta, viciada, porque sujeita o avaliado (no caso os servidores) a um processo no qual não existiu discussão prévia, coletiva e planejamento.

2- Essa situação pode ser comparada à situação do inscrito em um concurso público que é comunicado do programa da prova a menos de 01 hora antes da mesma. Como se preparar?

3- O processo de avaliação de desempenho ademais, se instituído e gerido a revelia dos servidores, como está sendo, com o passar do tempo poderá vir a gerar distorções graves (talvez não perceptíveis neste primeiro momento).

4- A avaliação de desempenho, sem a presença de servidores, poderá ser fator de perseguição política ou por inimizade. A avaliação de desempenho, sem a presença de servidores, poderá ser fator de motivação às chefias a realizarem um trato distintivo com os servidores, favorecendo os seus “apadrinhados”. A avaliação de desempenho, sem a presença de servidores, poderá ser fator incentivador para se gerar sobre-acumulo de trabalho aos servidores.

Resposta dos servidores a essa situação

1) “CAMPANHA NOTA 10”

Iniciaremos junto aos servidores uma campanha política para pressionar os chefes, com vistas de que avaliem, nesse primeiro momento, todos os servidores do MDA com uma nota 10, em todos os quesitos – A “Campanha NOTA 10″.

Em breve divulgaremos agenda de discussões e método para tratarmos dessa questão.

2) Participação dos servidores na gestão da Avaliação de Desempenho

A participação eqüitativa dos servidores na Comissão de Acompanhamento da Avaliação de Desempenho é direito dos servidores. Disso não abriremos mão e continuaremos em luta.

Fique esperto! Essa situação também lhe diz respeito.

Fonte: Assemda

Reforma Agrária ganha e perde no PLOA 2011

30/09/2010 às 11:17 | Publicado em Reforma Agrária | Deixe um comentário

Quando há um aumento de recursos para a função agrária significa que o governo está dotando de maior prioridade a soberania e a segurança alimentar do país. Alguns programas tiveram seus recursos diminuídos conforme a proposta do governo e, entre estes está o de educação no campo. Isso é preocupante, pois há um reconhecimento de que o nível educacional agrega renda, além de conhecimento e informação que promove um aumento de produtividade e melhora a gestão do empreendimento.

Edélcio Vigna, assessor político do Inesc

A crise alimentar, que não foi debelada e se coloca como uma ameaça sobre mais de um bilhão de pessoas que sofrem de insegurança alimentar crônica, os efeitos das mudanças climáticas e o considerável fracasso de atingir os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) colocam a questão da terra, a questão agrária, no centro dos debates internacionais e das preocupações nacionais. Os governos sabem que é impossível reduzir a fome pela metade – terceira meta dos ODM – sem que se garanta que a terra deva ser cultivada com produtos alimentares e que haja recursos financeiros para isso.

Neste ano, dez anos depois que a proposta dos ODM foi aprovada em 2000, a Cúpula da Organização das Nações Unidas vai se reunir para avaliar os resultados. Dos balanços realizados sabe-se que os avanços foram muito lentos e insignificantes. O pouco que se conseguiu foi perdido durante as crises financeiras e alimentar de 2008 e 2009.

O governo brasileiro ciente desta conjuntura e envolvido nos debates para erradicação da fome e da pobreza tem avançado soberanamente em várias políticas públicas de segurança alimentar que buscam equacionar o problema. Mas, os déficits ainda são grandes. O número de trabalhadores rurais que saíram de suas terras e se refugiou nas periferias urbanas é enorme. O direito ao acesso a terra não está sendo efetivada devido à grilagem secular, a ocupação desordenada das lavouras de monocultura sobre as áreas mais férteis e, atualmente, a venda descontrolada de terras para empresas estrangeiras.

Diante deste desafio o Executivo entregou ao Congresso Nacional a proposta de Lei Orçamentária Anual para 2011 (PLOA 2011). Este projeto vai ser debatido pelos parlamentares, poderá ser alterado em uma margem máxima de 10%, e aprovado até 31 de dezembro.

A função agrária, que é a função política que efetiva o direito ao acesso a terra, a soberania e a segurança alimentar, denominada de Orçamento da Reforma Agrária, teve seus recursos aumentados em R$ 2,4 bilhões. Saltou de R$ 4,978 para R$ 7,426 bilhões. Esta função, seus programas e ações é que garante o direito de acesso a terra, seu uso e conservação, por parte de agricultores e agricultoras. Somente estes atores é que garantem à Nação a segurança alimentar por meio da produção de produtos sadios, seguros e em quantidade suficiente para suprir as necessidades alimentares.

Orçamento e efetivação de direitos humanos

Os direitos humanos não são apenas uma retórica discursiva, mas uma conquista social e devem, portanto, ser efetivados na prática. Essa prática de efetivação dos direitos está fortemente vinculada à plena execução das metas financeiras e físicas dos programas de governo. Assim, se existe programas com dotação orçamentária não-executada este direito, o qual o programa trás conceitualmente implícito, não está sendo devidamente implementado.

A efetivação dos direitos, em especial o direito humano a alimentação adequada (DHAA) é um compromisso do Estado brasileiro junto a Organização das Nações Unidas (ONU), quando foi aprovada e subscrita por mais de 180 países as Diretrizes Voluntárias para implantação dos DHAA nos países associados. O Brasil é, também, signatário do Pacto Internacional de Direitos Humanos Econômicos, Sociais e Culturais (PIDHESC), que contempla o DHAA.

Assim, o governo brasileiro se comprometeu junto a ONU, no Conselho Mundial de Alimentação, e com a comunidade internacional em criar mecanismos que possibilitem a população a ter o direito de acessar uma alimentação adequada.

Quando nos referimos à alimentação adequada, soberania e segurança alimentar, estamos abordando a questão do direito de acesso a terra aos pequenos e médios agricultores e agricultoras, pois há uma farta bibliografia que comprova que a agricultura familiar e camponesa é que produz a alimentação segura e em quantidade para a população brasileira. O agronegócio produz cana de açúcar, soja, milho e carne (que demanda maior produção de soja). Tirando a carne os outros produtos pouco ou nada entram em nossa dieta alimentar.

Programas que ganharam recursos

Quando há um aumento de recursos para a função agrária significa que o governo está dotando de maior prioridade a soberania e a segurança alimentar do país. E, entre os vários programas desta função que ganharam recursos , um deve ser positivamente ressaltado. É o programa Cidadania e Efetivação de Direitos das Mulheres. Esse programa que recebeu uma injeção de recursos da ordem de R$ 3,9 milhões tinha, em 2010, duas ações e, para 2011, foram acrescidas mais sete ações que aportaram um acréscimo programático substantivo para minorar a desigualdade de gênero na área rural. O orçamento para este programa em 2010 é de R$ 36,3 milhões e para 2011 está previsto R$ 40,3 milhões.

O governo ultrapassou a visão economicista da função da mulher trabalhadora rural para uma visão social. Criou programas que tratam da questão dos direitos sexuais e reprodutivos, Fortalecimento de Organismos de Promoção e Defesa dos Direitos da Mulher, entre outros.

Os programas considerados estruturais para a reforma agrária são os de assentamentos rurais e os de desenvolvimento sustentável dos assentamentos. O primeiro programa teve um acréscimo de recurso na ordem de R$ 134,3 milhões. Sai de um valor de R$ 480 milhões em 2010, para uma previsão de R$ 614,3 milhões em 2011. Sua principal ação é o de obtenção de imóveis para reforma agrária. Essa ação é que garante a terra onde serão assentados os trabalhadores/as rurais. Houve um aumento de R$ 70 milhões, em comparação ao orçamento de 2010. A ação detém em 2010 um orçamento de R$ 480 milhões e está proposto R$ 614,3 milhões para 2011.

Sabe-se que este orçamento ainda é muito abaixo diante da demanda por desapropriação de terras para reforma agrária pelas organizações sindicais e movimentos sociais. Considerando o valor médio por hectare sejam R$ 2 mil (em algumas áreas chega a R$ 20 mil e em outras a R$ 500,00) a previsão para assentar em 2010, em áreas adquiridas pelo programa obtenção de terras, é de 12 mil famílias (média de 20 hectares por famílias) e para 2011 seria de pouco mais de 15 mil famílias, diante de uma demanda reprimida de cerca de 200 mil famílias. Isso significa assentar apenas 8% do total do número de demandantes.

Para resolver parte da questão fundiária – atender o direito de acesso a terra – e assentar 200 mil famílias o governo precisaria de uma forte postura política contra o latifúndio e a oligarquia agrária que reina por mais de quatrocentos anos, coisa que nenhum governo ousou até o momento, e disponibilizar de R$ 8 bilhões para adquirir e desapropriar quatro milhões de hectares de terras. Se for financeira e institucionalmente impeditivo para o governo realizar um programa de reforma agrária deste porte em um ano, poderia programar e resolver em quatros anos de mandato. Teria que alocar R$ 2,0 bilhões para adquirir um milhão de hectares ao ano. Um projeto deste porte não é impossível, desde que o governo se dispusesse a promover uma campanha de convencimento de certos setores sociais que adotam uma postura conservadora, mas não são contrários a reforma agrária. É certo que se o governo convocasse um mutirão, envolvendo cursos de agronomia, federações e confederações de trabalhadores rurais, entre outros setores da sociedade, a questão agrária – que envolve a questão climática, soberania e segurança alimentar – poderia ser progressivamente equacionada.

O programa de desenvolvimento sustentável de assentamentos tem um orçamento de R$ 900 milhões para 2010 e a proposta governamental para 2011 é de R$ 1,4 bilhão. Dessa forma, está proposto um aumento de R$ 506,5 milhões. Neste programa a ação que consideramos mais importante é a de concessão de crédito de instalação das famílias rurais, que poderá receber o mesmo valor de R$ 900 milhões para 2011. Ao manter esse valor o governo indica que, de fato, não haverá um grande acréscimo no número de novas famílias a serem assentadas. Como o custo total de crédito de instalação varia por região (semiárido R$ 45,4 mil; outras regiões R$ 43,4 mil) a previsão de número de assentamento varia de 19,8 mil a 20,7 mil novas famílias a serem assentadas em 2011.

Programas que perderam recursos

Alguns programas tiveram seus recursos diminuídos conforme a proposta do governo e, entre estes está o de educação no campo (Pronera). Isso é preocupante, pois há um reconhecimento de que o nível educacional agrega renda, além de conhecimento e informação que promove um aumento de produtividade e melhora a gestão do empreendimento. A partir desta evidencia não se entende o motivo da redução de R$ 36,6 milhões no orçamento do programa.

O Pronera tem um orçamento de 67,3 milhões para este ano e uma proposta de R$ 30,7 milhões para 2011. Há uma redução de 45,6% dos recursos destinados para 2010. Isso significa reduzir o orçamento atual em menos 39,4 milhões em uma conjuntura rural que exige capacitação, formação e informação. O mito do “jeca”, do atrasado diante do moderno, do progressista da cidade não foi produzido por uma causa natural, mas por uma opção política dos governos e do Estado brasileiro.

No Pronera há três ações fundamentais: educação de jovens e adultos, de bolsas de capacitação, e de capacitação profissional de nível médio e superior para a reforma agrária. A Ação de educação de jovens e adultos, que é a alfabetização, poderá ter seus recursos reduzidos de R$ 16,3 milhões para R$ 6,4 milhões, significando uma diminuição de 39,3% dos valores aprovados para 2010. O orçamento da ação de concessão de bolsas de capacitação poderá cair de R$ 11 milhões para R$ 6 milhões, em 2011. Uma redução de 54,5% dos recursos atuais. Os recursos destinados para a ação de capacitação de profissional de nível médio e superior para a reforma agrária para este ano é de R$ 40 milhões e a proposta do governo é reduzi-lo para R$ 15,5 milhões; ou seja, um recuo de 38,8% dos recursos.

É importante ressaltar que nos doze anos de existência o Pronera formou cerca de 500 mil alunos e se concretizou como um instrumento de democratização do conhecimento e de promoção do desenvolvimento rural sustentável.

Um último programa que se deve abordar é o de assistência técnica e extensão rural na agricultura familiar que recebeu para este ano R$ 575,6 milhões e tem como proposta para 2011, R$ 507,6 milhões. Uma redução de R$ 68 milhões. Duas ações, uma de fomento a assistência técnica e outra de assistência técnica de assentados sofreram corte drásticos. A primeira teve uma diminuição orçamentária de R$ 264,6 milhões (2010) para 209, 3 milhões (2011) e a segunda uma redução de R$ 311 milhões para 258,6 milhões. Ou seja, ambas somam uma baixa de recursos da ordem de R$ 107,6 milhões, que representam 91,2% do corte ocorrido no programa.

Não se podem ignorar os avanços conceituais promovido pelo MDA a este programa. A criação de novas ações que tratam de estimular tecnologias e conhecimentos apropriados para a agricultura familiar, assistência técnica especializada para as mulheres rurais e para as comunidades Quilombolas e as áreas indígenas, apontam para uma abordagem mais próxima da necessidade, mudanças e demandas contemporâneas ocorridas nas áreas rurais. É certo que os R$ 20,7 milhões alocados para estas ações não equilibram a perda dos R$ 107,6 milhões, que coloca o Ministério mais distante de uma efetiva garantia de direitos às mulheres, mas não perde o valor indicativo de uma nova postura do Ministério.

Considerações finais

A questão orçamentária não pode ser debatida de forma separada da efetivação de direitos humanos. Os programas orçamentários e suas ações são efetivadores de direitos. Não pode haver programa sem que haja nele embutido a idéia da realização de um direito. Por isso, o Inesc aponta o projeto de Orçamento Anual da União (PLOA 2011), que chega ao Congresso Nacional, como parte de um projeto de Nação que o Estado quer construir. Quais os direitos que quer ver efetivado ou reforçado. Quais os que serão enfraquecidos e, se eles prejudicarem as populações mais vulnerabilizadas, deverá haver um esforço por parte das organizações de defesa dos direitos humanos para repor a força destes programas.

O embate orçamentário não é propriedade de uma ou outra organização ou movimento, mas de toda a sociedade. Como os direitos são indivisíveis a mobilização deve ser de igual natureza. As organizações devem se convidar e ser protagonistas nesta luta coletiva para assegurar mais recursos às políticas públicas sociais e que essas dotações sejam plenamente executadas. Devem se dirigir aos seus representantes no Congresso, para que não se permita que os recursos dos programas que efetivam direitos sejam reduzidos e para defender o princípio constitucional da proibição de retrocesso social.

Anexo

Na tabela abaixo estão os programas e as ações selecionadas e analisadas, que compõe a Função Agrária no Orçamento da União com suas dotações inicial propostas pelo poder Executivo. Os valores das ações não correspondem, em geral, ao valor do programa, pois dentre várias foram selecionadas somente as ações consideradas mais importantes para análise.

 Link para tabela

Fonte: Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Projeto de Lei Orçamentária, Exercício Financeiro 2011, Vol. II, Brasília, 2010. Elaboração: INESC

Fonte: www.inesc.org.br

NOVA DIRETORIA DA ASSERA FOI ELEITA NESTA QUINTA-FEIRA (26/8)

27/08/2010 às 15:53 | Publicado em Luta do(a) servidor(a) | Deixe um comentário

A chapa “Participação e Luta”, que concorreu à eleição da Associação dos Servidores da Reforma Agrária em Brasília (Assera/BR), foi eleita nesta quinta-feira (26/8) após um processo eleitoral calmo e com pouca disputa, ocorrido na Sede, SR-28 e Terra Legal (SRFA). Prova disso é que apenas uma chapa concorreu à eleição.

A maior parte dos associados preferiu votar pela manhã

Ao todo, a chapa vencedora é composta por 27 integrantes, entre diretores, conselheiros e representantes, bem como seus respectivos suplentes. Essa eleição valerá para o biênio 2010/2012.

Nas quatro urnas de recepção de votos, duas ficaram na Sede, uma na SR-28 e a quarta era itinerante, para coletar a votação de associados em locais diferentes dos anteriores.

A votação não foi expressiva, contando apenas com 125 votos – 120 a favor e cinco contra a chapa “Participação e Luta”, a única na disputa.

Documentos

Na abertura da votação a Diretoria anterior fez a leitura de documentos, com destaque para o Relatório de Gestão, do período de agosto de 2008 a gosto de 2010, que apontou as atividades nas quais houve êxito com ganhos para a categoria em Brasília.

O Relatório de Gestão da Diretoria anterior foi lido na abertura da votação

Os demonstrativos apresentados pela Diretoria citam ainda que há uma reserva de capital na ordem de R$ 98 mil, nas quatro contas de poupança e corrente da instituição.

Confira abaixo o comunicado com o resultado da eleição e a lista com os nomes dos integrantes da nova Diretoria:

COMUNICADO ELEIÇÃO ASSERA 2010

Relacao da Diretoria 2010_2012 ASSERA

Fonte: Ascom Assera/BR

DIRETORIA DA ASSERA/BR PRESTA CONTA DE ATIVIDADES E APONTA RESERVA DE R$ 98 MIL

25/08/2010 às 18:36 | Publicado em Luta do(a) servidor(a) | Deixe um comentário

O Relatório de Gestão da Diretoria da Associação dos Servidores da Reforma Agrária em Brasília (Assera/BR), eleita para o período de agosto de 2008 a gosto de 2010, aponta as atividades nas quais houve êxito com ganhos para a categoria em Brasília. Os demonstrativos apresentados pela diretoria citam ainda que há uma reserva de capital na ordem de R$ 98 mil, nas quatro contas de poupança e corrente da instituição.

A Diretoria da Assera/BR esclarece que no “Demonstrativo das Disponibilidades” da Prestação de Contas (ver nos anexos abaixo), encontra-se uma diferença, a menor, no valor de R$ 29.868,59 (vinte e nove mil, oitocentos e sessenta e oito reais e cinquenta e nove centavos), entre o saldos da conta de Poupança do Banco Real, do mês de julho/07 e 25/08/2010. Esta diferença  refere-se a aplicação financeira relativa à Assera/Amapá e que não integra as disponibilidades da Assera/BR.

Durante greve de 2010 servidores ocuparam Diretoria Administrativa em Brasília

Sobre a assistência jurídica, uma grande reivindicação dos servidores, o Relatório informa que a Diretoria da Assera cumpriu integralmente as propostas de assistência jurídica a seus associados, como:

Ações judiciais (28% e 3,17%)  – A Assera trabalhou firmemente junto à advogada que conduz essas ações. Como resultado concreto, foi conseguido um plantão semanal da advogada na Assera para esclarecer o andamento das ações, bem como o pagamento de parte dos 28%, ocorrido neste ano de 2010.

Propositura de novas ações – A Assera disponibilizou outros advogados para ajuizarem ações individuais, bem como divulgou as ações conduzidas pelo Sindisep-DF, possibilitando aos associados outras opções para defesa de seus interesses, de ordem funcional.

Plantão jurídico semanal – A Assera implementou o plantão jurídico, que toda terça e quinta-feira atende aos interesses dos associados em seus direitos, de ordem civil.

O Relatório cita ainda outras atividades exitosas da direção da Assera/BR em várias áreas, com destaque para organização da luta dos servidores (com participação em congressos, plenárias e reuniões promovidos pela Cnasi, Sindsep-DF e Condsef, além de diretamente organizar atos, assembleias e mobilizações); articulações institucionais e políticas (contato com entidades públicas e civis, buscando estreitar as relações dos beneficiários com os executores da política de reforma agrária e o esclarecimento dos servidores quanto aos temas de interesse geral); cultura e lazer; dinamismo no aspecto administrativo.

O documento cita ainda que as realizações não são mérito somente dos titulares da Diretoria, mas de toda a Diretoria Colegiada, incluindo o Conselho de Representação, Conselho Fiscal e, principalmente, a participação de nossos associados.

Confira abaixo a íntegra dos documentos que compõem a prestação de contas da direção da Assera/BR:

relatorio_prestacao_de_contas_assera_2010

Planilha de Disponibilidades – ASSERA

DEMONSTRATIVO RESULTADO

BALANCO 2009

DEMONSTRATIVO 2008

BALANCO 2008

Fonte: Ascom Assera/BR

ELEIÇÃO DA ASSERA/BR TERÁ APENAS UMA CHAPA

24/08/2010 às 18:43 | Publicado em Luta do(a) servidor(a) | Deixe um comentário

Apenas uma chapa está concorrendo à eleição da Associação dos Servidores da Reforma Agrária em Brasília (Assera/BR) que tem 27 participantes, entre diretores, conselheiros e representantes, bem como seus respectivos suplentes.

A eleição vai ocorrer nesta quinta-feira (26/8), durante todo o dia – na Sede, SR-28 e Terra Legal (SRFA) –, e valerá para o biênio 2010/2012. A apuração dos votos ocorrerá também no dia 26/08, sendo que a chapa eleita tomará posse imediatamente após a homologação dos resultados.

Confira abaixo a íntegra da chapa que disputa a eleição:

CARTAZ CHAPA Eleicoes Assera 2010[1]

Fonte: Ascom Assera/BR

ASSERA/BR LANÇA EDITAL DE REALIZAÇÃO DE ELEIÇÃO PARA NOVA DIRETORIA

28/07/2010 às 17:00 | Publicado em Luta do(a) servidor(a) | Deixe um comentário

A Associação dos Servidores da Reforma Agrária em Brasília (Assera/BR) lançou nesta quarta-feira (28/7) o edital de convocação dos seus associados para participarem das Eleições Gerais da entidade, que será realizada no dia 26 de agosto de 2010.

Nesta eleição serão preenchidos os cargos da Diretoria Colegiada, Conselho de Representação e Conselho Fiscal, para o Biênio 2010/2012. A Chapa eleita será empossada imediatamente após a apuração dos votos.

Podem ser candidatos aos cargos todos os associados em pleno gozo dos seus direitos e em dia com sua contribuição mensal. As inscrições dos candidatos serão feitas pelo sistema de chapa, não sendo permitidas inscrições individuais e poderão ocorrer até às 17 horas, do dia 16 de agosto de 2010. As eleições se darão através de voto secreto, cédula única, com todas as chapas inscritas.

Confira abaixo a íntegra do edital:

 EDITAL DE CONVOCACAO ELEICAO ASSERA

Fonte: Ascom Assera/BR

SERVIDORES DE BRASÍLIA DECIDEM INTENSIFICAR MOBILIZAÇÕES E ARTICULAÇÕES COM PARLAMENTARES

08/06/2010 às 16:38 | Publicado em Uncategorized | Deixe um comentário

Durante assembleia realizada pela ASSERA/BR, nesta terça-feira (8/6), ficou claro a insatisfação e indignação dos servidores do Incra em Brasília quando fizeram declarações nas quais avaliaram a pseudoproposta “falada” pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) que além de negar a isonomia entre as carreiras do Incra ainda aumentava as disparidades remunerativas já existentes no Incra.

Os servidores decidiram intensificar as mobilizações, criar um grupo para preparar manifesto com vistas ao fortalecimento do Incra e que será encaminhado a parlamentares.

Para a próxima quinta-feira (10/6), está programado, a partir das 14 horas, uma vigília no Ministério do Planejamento para tentar, assim, chamar a atenção do ministro Paulo Bernardo e de integrantes da Secretaria de Recursos Humanos.

Durante esta semana, enquanto alguns servidores estiverem no Congresso Nacional mantendo contato com parlamentares, outros participam de reuniões internas para conscientização para o movimento de isonomia. Os servidores apostam em alcançar a meta do movimento paredista que é o fortalecimento do Incra, passando pela isonomia de remuneração e reestruturação das carreiras.

Saiba mais no http://cnasilutas.wordpress.com/

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